Incertezas pautam mercado da soja
A demanda da proteína animal garante base firme no Paraná
A demanda da proteína animal garante base firme no Paraná - Foto: Pixabay
No mercado da soja do Rio Grande do Sul, a combinação de incerteza produtiva e retenção de oferta sustenta a demanda portuária, segundo informações da TF Agroeconômica. “Para pagamento em dezembro, com entrega em dezembro, os preços no porto foram reportados a R$ 142,00/sc semanal, enquanto no interior as referências se foram em torno de R$ 132,14/sc semanal em Cruz Alta, salvo por Santa Rosa a R$ 136,00. Já em Panambi, o mercado físico apresentou manutenção, com o preço de pedra recuando para R$ 121,00/sc, sinalizando maior resistência local ao ritmo comprador”, comenta.
Em Santa Catarina, mesmo com o plantio de soja finalizado, a instabilidade climática persiste como fator de preocupação após danos por granizo em novembro. “O porto registrou alta nos preços, enquanto o restante do estado permaneceu mais estável diante do foco total na logística. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 142,63 (+0,31%)”, completa.
A demanda da proteína animal garante base firme no Paraná, mas o mercado físico opera com cautela, ajustando prêmios e reduzindo agressividade nas origens. “Em Paranaguá, o preço chegou R$ 141,82 (-0,17%). Em Cascavel, o preço foi R$ 131,65. Em Maringá, o preço foi de R$ 130,95. Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 133,22 por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$ 142,19. No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 120,00”, indica.
O Mato Grosso do Sul ampliou de forma agressiva sua área de grãos, mas a produtividade recuou diante do estresse hídrico. “A estratégia dominante passa a ser o armazenamento, com o produtor tentando segurar o físico diante de custos crescentes e incerteza no campo. A comercialização segue limitada, e os preços subiram pontualmente em Eldorado. Em Dourados, o spot da soja ficou em R$ 126,82, Campo Grande em R$ 126,82, Maracaju em R$ 126,82, Chapadão do Sul a R$ 123,24, Sidrolândia a em R$ 126,82”, informa.
No Mato Grosso, a pressão logística e a proximidade da colheita criam um ambiente de comercialização defensivo, no qual armazenar o grão e segurar o volume físico torna-se a principal estratégia para evitar negociações em níveis deprimidos. “Campo Verde: R$ 122,68. Lucas do Rio Verde: R$ 118,72, Nova Mutum: R$ 118,72. Primavera do Leste R$ 122,68. Rondonópolis: R$ 122,68. Sorriso: R$ 118,72”, conclui.